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segunda-feira, 18 de abril de 2011

A CINQUENTINHA

Fazer um desenho animado não é fácil. O que dizer então de realizar 50 animações? Pois a Disney alcançou essa inacreditável marca voltando as suas origens, mas com um toque de modernidade, com Enrolados (2010), um grande sucesso do período das férias escolares que está disponível para locação e venda. A contagem dos longas animados do estúdio não levam em consideração os lançados diretamente para uso doméstico, ou seja, que não passaram nos cinemas, e os da parceria com a Pixar, os quais a empresa só fazia a distribuição inicialmente.

Desde Branca de Neve e os Sete Anões, da longínqua década de 30, o primeiro desenho animado de longa-metragem da história, já se percebia as características que marcariam o estilo Disney de fazer animação. Uma história baseada em um famoso conto de fadas, com mocinhos e vilões bem delineados, animais fofinhos e outros endiabrados com o poder de se comunicar pela fala, canções que ajudam no desenvolvimento do enredo e belos e perfeitos traços. A mistura desses ingredientes fez com que o estúdio do Mickey atravessasse o tempo com sucesso e cada vez mais ganhando a atenção e o carinho de novas gerações. O modelo foi copiado a exaustão por diversos outros estúdios que também realizaram belas obras, mas não atingiram o mesmo nível da concorrente. Curioso que algumas dessas empresas apostaram em uma nova receita para animações computadorizadas, deram certo e aí foi a vez da pioneira correr atrás das novas tecnologias para não ficar perdida no tempo.


Enrolados é baseado no conto popular de Rapunzel, a jovem que passou muitos anos presa em uma torre e que cultivou sua longa cabeleira. Seu cabelo era usado por sua mãe para subir no quarto e, posteriormente, a jovem descobriu que essa era a única maneira de conhecer alguém do mundo que ela tanto desejava conhecer. Essa história clássica poderia resultar em um fracasso por ser manjada e a criançada de hoje em dia desejar altas doses de adrenalina, mas a Disney, calejada dos resultados fracos de A Princesa e o Sapo, acordou a tempo de salvar seu próximo trabalho. Trocou o título, mudou o perfil da protagonista, aumentou a participação daquele que seria o príncipe da história e acrescentou humor e aventura no enredo. Pronto! Eis aí mais um sucesso de crítica e público do estúdio.


As histórias clássicas infantis já sofreram diversas transformações ao longo dos anos nas páginas dos livros, nas telas de cinema e nos palcos. Hoje é muito difícil identificar quais são as versões reais ou aquelas que mais se aproximam da original. Certo que em Enrolados o conto da Rapunzel foi usado como base, mas o roteiro sofreu grandes modificações. A mocinha agora possui dons especiais que são muito importantes na condução do roteiro e um perfil que a conecta as adolescentes de hoje em dia. O herói não é nenhum príncipe, pelo contrário. Por ser um bandido de bom coração, ele foi batizado de Flynn, uma homenagem ao ator Errol Flynn que fez sucesso na década de 30 na pele de Robin Hood, outro criminoso do bem.

Com um visual extremamente colorido e belas canções, a Disney conseguiu agregar ao seu velho e bom estilo certas novidades que fazem a diferença e que podem se tornar referências para novas adaptações em desenho de contos clássicos infantis. Ainda há muitos outros que merecem ganhar cores e movimentos nas telas. Enrolados é apenas a cinquentinha em boa forma entre tantas outras obras que o mundo da animação ainda irá nos presentear.

Um comentário:

renatocinema disse...

Achei que a produção acertou ao mesclar o estilo clássico das tramas da Disney e o alto nível de animações.

Gostei muito de Enrolados.

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